quinta-feira, novembro 29, 2001

Bom,
Entrando nessa onda de "Eu Recomendo"... aí vão alguns filmes que abordam a temática gay...

Filadélfia (Philadelphia, 1993) De Jonathan Demme
Por mais crítica que o filme mereça, não há como negar um mérito: ele deu origem à onda de filmes gays no cinema americano nos anos 90. O oscarizado Tom Hanks é um advogado que perde o emprego ao descobrir que tem Aids e entra na justiça contra seus patrões. Antonio Banderas faz uma ponta como o namorado de Hanks.

Será que Ele É? (In & Out, 1997) De Frank Oz
Tudo bem, o título em português é péssimo. Mas, como o filme é engraçado, dá para relevar. A história todo mundo conhece: ao ganhar um Oscar, jovem ator dedica o prêmio a seu professor, que é gay. Ou não é? A dúvida rende boas risadas, principalmente no famoso teste "I Will Survive".

Garotos De Programa (My Own Private Idaho, 1991) De Gus Van Sant
River Phoenix e Keanu Reeves são dois garotos de programa que vagam juntos pelos Estados Unidos. Reeves é hetero e transa com homens só por dinheiro. Já Phoenix está apaixonado pelo amigo. Um belo filme, da época em que o diretor Gus Van Sant ainda fazia coisas boas e não bobagens como a refilmagem de Psicose.

Cabaret (Cabaret, 1972) De Bob Fosse
Liza Minelli tem a sua turma de fiéis devotos dentro da comunidade gay. Quando essa adoração é agregada a um roteiro e direção primorosos, coreografias precisas, o "segredinho" de Elke e o sedutor Maximilian, não há quem resista. Ou há?

Traídos Pelo Desejo (The Crying Game, 1993) De Neil Jordan
Bom, colocar "Traídos pelo Desejo" numa lista de longas gays é entregar o grande segredo do filme. Se bem que, a essa altura do campeonato, o tal segredo é bem conhecido... Mas, se você ainda não sabe, relaxe e curta essa tensa história de um terrorista do IRA que se sente estranhamente atraído por uma cantora e... o resto só vendo.

Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar (To Wong Foo, Thanks For Everything! Julie Newmar, 1995) De Beeban Kidron
Resposta americana para o australiano "Priscila, a Rainha do Deserto", o filme narra as aventuras de três drags que tentam atravessar os EUA. Ver os machões Patrick Swayze e Wesley Snipes e o versátil John Leziguamo "montados" já vale o filme.


Vitor Ou Vitória (Victor/Victoria, 1982) De Blake Edwards
Uma mulher que finge que é um homem que finge que é mulher. Esse é o ponto de partida (absurdo, né?) desse engraçado musical com a eterna noviça rebelde Julie Andrews. Mas quem rouba o filme são dois coadjuvantes: Robert Preston, como o empresário gay de Victoria (ou será Victor?) e Lesley Ann Down, uma loura burra irritante.

A Lei do Desejo (La Ley del Deseo, 1987 ) De Pedro Almodóvar
Antes de virar o latin lover favorito de Hollywood, Antonio Banderas fez diversos filmes com o diretor Pedro Almodóvar. Este é um prato cheio para os fãs do ator, que vão vibrar com os beijos apaixonados que ele troca com Eusebio Poncela. O filme ainda tem Carmen Maura vivendo um transexual e Maysa cantando Ne Me Quites Pas na trilha sonora.

Morango e Chocolate (Fresa Y Chocolate, 1994) De Tomáz Gutiérrez Alea
Essa deliciosa história consegue misturar crítica social e política, drama e comédia sem exagerar ou parecer piegas. Estudante e militante comunista fervoroso, David tem uma vida complicada. A confusão em sua mente aumenta quando conhece Diego, homossexual que não tem medo de dizer o que pensa do regime de Fidel.


Delicada Atração ( Beautiful Thing, 1996 ) De Hettie MacDonald
O filme perfeito para assistir com o namorado, de mãos dadas e suspirando bastante. A história: um tímido adolescente inglês apaixona-se por seu vizinho, e o vizinho apaixona-se por ele. Tudo muito simples, lindo e romântico. A trilha sonora, só com músicas da Mama Cass, é uma atração à parte.

Minha Vida em Cor de Rosa (Ma Vie en Rose, 1997) De Alain Berliner
Há vários filmes sobre adultos e adolescentes gays, mas este deve ser o único sobre crianças. A história gira em torno de Ludovic, um garoto de sete anos que decidiu ser menina, e sua família, preocupada com a opção do menino. Apesar da trama sugerir um drama pesado, o filme tem momentos divertidos.

A Gaiola das Loucas (La Cage Aux Folles, 1978) De Edouard Molinaro
Antes de assistir à refilmagem americana feita em 1996, confira o original francês, feito quase vinte anos antes. O remake pode até ser mais politicamente correto, mas esse é mais engraçado. Por que? Porque os originais Ugo Tognazzi e Michel Serrault são bem melhores que as cópias Robin Williams e Nathan Lane. Assista e comprove.

O Padre (Priest, 1994) De Antonia Bird
As relações entre Igreja e homossexualismo nunca foram muito boas. Esse filme coloca o dedo nessa ferida. Linus Roache é um padre que não tem coragem de assumir seu homossexualismo. Quando é pego aos amassos com seu namorado pela polícia, enfrenta a perseguição de seus superiores. Polêmica pouca é bobagem.


Morte Em Veneza (Morte A Venezia, 1971) De Luchino Visconti
Uma das melhores adaptações de um livro para o cinema de todos os tempos. A história do intelectual cinqüentão que viaja a Veneza e se apaixona pelo jovem Tadzio é um dos melhores filmes do italiano Luchino Visconti. É, no entanto, um amor impossível e que terminará de modo trágico. Imperdível.


Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot, 1959) De Billy Wilder
Décadas antes de "Priscilla, a Rainha do Deserto", Tony Curtis e Jack Lemmon já arrasavam com duas drag queens - e olha que o termo nem existia na época. Eles são dois músicos que, perseguidos pela máfia, têm que se esconder numa banda só de mulheres. A última frase do filme é antológica.

Amigas de Colégio (Fucking Amal, 1998) De Lukas Moodysson
Um "Delicada Atração" para as meninas. Tão romântico e suspirante quanto, só que em vez de dois adolescentes são duas que se apaixonam e vivem felizes para sempre. Não se assuste porque o filme vem da Suécia: ao contrário dos Bergmans e Dogmas, esse é bem levinho e alto astral.


Ligadas pelo Desejo (Bound, 1996) De Andy e Larry Wachowsky
Antes do sucesso "Matrix", os irmãos Wachowsky fizeram esse interessante suspense, que passou desapercebido nos cinemas. Uma injustiça, pois é um excelente filme. Gina Gershon é uma ex-presidiária. Sua vizinha, Jennifer Tilly, é casada com um gângster. Quando rola um clima entre as duas... o resto só vendo.


Felizes Juntos (Happy Together, 1997) De Wong Kar Wai
Um título pra lá de irônico, afinal o casal do título vive infeliz. Mesmo assim, os dois (chineses de férias na Argentina) não conseguem ficar longe um do outro. E dá-lhe brigas, traições e reconciliações. Por esse fantástico trabalho, Wong Kar Wai ganhou o prêmio de melhor diretor em Cannes.

Fome de Viver (The Hunger, 1983) De Tony Scott
Catherine Deneuve e David Bowie são dois vampiros finíssimos. Quando ele começa a envelhecer, ela decide procurar uma nova companhia. A escolhida é uma médica, vivida por Susan Sarandon. Depois de ameaças em vários filmes, La Deneuve finalmente curte em amor lésbico, em grande estilo.

O Celulóide Secreto (The Celluloid Closet, 1995) De Robert Epstein e Jeffrey Friedman
Documentário sobre a história do homossexualismo (e da repressão dele) no cinema, desde a época do preto e branco até os anos 90. O mais interessante é perceber como filmes aparentemente "inocentes" têm fortes elementos gays escondidos. Depois desse documentário, é impossível ver "Ben Hur" com os mesmos olhos".


Querelle (Querelle, 1982) De Rainer Werner Fassbinder
Último filme do alemão Fassbinder e um de seus trabalhos mais ousados. O Querelle do título é um marinheiro que perde uma aposta e tem que transar com o dono de um bordel. Apesar da resistência inicial, ele acaba gostando. Muita gente diz que o filme é uma obra-prima; outros garantem que é uma farsa. Assista e decida.

Loucas Noites de Batom (Pedale Douce, 1996) De Gabriel Aghion
Adrien (Patrick Timsit) não quer revelar no trabalho que é gay, e conta com a ajuda de sua melhor amiga, Eva (Fanny Ardant), para o acompanhar em um jantar na casa do poderoso banqueiro Alexandre (Richard Berry). Alexandre, que é casado, se interessa por Eva. Dona de uma boate gay, ela questiona as preferências sexuais de Alexandre.


Paixão Selvagem (Je T'aime, Mon Non Plus, 1975 ) De Serge Gainsbourg
Joe D'Alessandro é um caminhoneiro gay e Jane Birkin, uma garçonete tão magra que parece um menino. O estranho romance dos dois é a base desse filme, baseado na famosa canção do diretor Serge Gainsbourg, "Je T'aime Mon Non Plus" (aquela cuja letra é composta de suspiros e gemidos, sabe?)


Priscilla, a Rainha do Deserto ( Priscilla, Queen of the Desert, 1994 ) De Stephan Elliott
O filme que tornou as drag queens famosas no mundo inteiro e, junto com "O Casamento de Muriel", fez as pessoas acreditarem que todo australiano é fã do Abba. A Priscilla do título é um ônibus que transporta as heroínas Mitzi, Felicia e Bernardette pelo interior da Austrália. E dá-lhe plumas e paetês no deserto.

Bom... é isso aí!!
Não sei se todos tem a ver com vc que visita esse nosso blog, mas de qualquer maneira será ponto de partida para quebra ( ou até mesmo confirmação) de alguns estereótipos.
Bjos,

0 Comments:

Postar um comentário

<< Home